sexta-feira, 13 de julho de 2018

Quem disse que na rádio comunitária não pode ter publicidade?

Desde que o rádio entrou em atividade no Brasil em 1919 na cidade de Recife, o aparecimento das rádios comunitárias na década de 1990, foi o grande exemplo de democratização do meio de comunicação. Possibilitou assim, que as cidades pequenas e médias pudessem ter a sua emissora para a prestação de serviços e por isso tivemos milhares de transmissores ligados do norte ao sul e leste ao oeste brasileiro administrado por gente do povo. No dia 19 de fevereiro de 1998 foi aprovada a lei que regulamentou o serviço de radiodifusão Comunitária em nosso país, a lei 9.612/98. Naquele dia, os parlamentares fizeram história em reconhecer que o verdadeiro instrumento de comunicação em defesa do povo é a rádio comunitária, proporcionado as cidades pequenas e médias entrarem no mundo da comunicação radiofônica com programas produzidos pela própria comunidade e falando de suas coisas cotidianas. Contudo, a lei teve questões importantes que acabaram engessando as rádios comunitárias, como por exemplo, a proibição das comunitárias fazerem publicidade do comércio local. O “Mercadinho do Seu José” desta forma, não pode anunciar na rádio comunitária e com certeza jamais conseguirá anunciar numa rádio comercial pelos preços absurdos que são cobrados. Neste caso, nós temos uma situação extremamente complicada para a manutenção das rádios comunitárias que tem despesas fixas para sua manutenção. Segundo o IBGE, no Brasil existem 5.570 municípios dos quais 70% tem uma população de 5.000 a 20 mil habitantes e é justamente nessas cidades que atua as cercas de 4.871 rádios comunitárias outorgadas pelo estado brasileiro. Proibir a veiculação de publicidade nesses micros emissoras é enfraquecer o comércio local que jamais terá condições financeiras de anunciar nas rádios comerciais. Nota-se que o interesse das grandes emissoras comerciais e suas entidades não são apenas contra as rádios comunitárias, mas principalmente contra a população desses milhares de municípios que tem na emissora comunitária o seu principal meio de comunicação e talvez o único. São interesses gananciosos de um setor que se preocupa apenas com os lucros do que exercer seu verdadeiro papel na comunicação e a população local acaba sendo penalizada por esta postura. Justamente nestes municípios que não têm rádios comerciais, porque são pequenas cidades e não lucrativas, que estão presentes as rádios comunitárias prestando serviço para a comunidade local. Como proibir o comércio local de publicitar o seu pequeno negócio numa rádio comunitária? Os argumentos utilizados pela entidade que representa as rádios e TVs comerciais no Brasil são justificativas que não se sustentam principalmente quando dizem que se aprovada a alteração da lei pelo parlamento brasileiro as rádios comunitárias extinguirá as pequenas rádios comerciais. Esse discurso demonstra verdadeira incompetência dos “proprietários” de rádios comerciais e valida que as rádios comunitárias estão no caminho certo e a cada dia conquistando o seu espaço na comunicação radiofônica e que precisam de alterações na lei para que aprimorem ainda mais a prestação de serviço para o povo brasileiro. Deste modo, a publicidade foi proibida pela própria lei que reconheceu as rádios comunitárias e por isso será a alteração dessa lei que corrigirá este erro e desta forma os senadores brasileiros tem uma oportunidade histórica, depois de 20 anos, de modificar a lei 9.612/98 aprovando o projeto de lei no senado nº 55/16 que vai transformar o futuro das rádios comunitárias e do povo brasileiro, contribuindo assim, na luta incansável pela democratização da comunicação em nosso país. O PLS 55/17 foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e agora vai tramitar na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal. Neste momento, o senado federal e as rádios comunitárias sofrem verdadeiros ataques histéricos e mentirosos por parte da grande mídia que a pretexto de defenderem seus interesses cometem crimes atacando as rádios comunitárias com impropérios caluniosos, difamatórios e injuriadores a fim de permanecerem com status quo eterno. Interessante que a grande mídia é neoliberal e prega diuturnamente a livre concorrência e na hora que essa “concorrência” bate à sua porta acabam atuando com o discurso de reserva de mercado, ou seja, pimenta nos olhos dos outros....é refresco! Geremias dos Santos Coordenador Executivo da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias - Abraço Brasil
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segunda-feira, 2 de abril de 2018

EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEIA ORDINÁRIA - ABRAÇO RS

A ASSOCIAÇÃO GAÚCHA DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA, por intermédio de sua Coordenação Estadual, convoca todas as ASSOCIAÇÕES DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA – RÁDIOS COMUNITÁRIAS do Estado do Rio Grande do Sul e suas entidades filiadas, para ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA, a realizar-se nos dias 04 e 05 de maio de 2018, no Auditório do Sindicato dos Bancários, no município de Santa Cruz do Sul – RS, localizado na Rua Sete de Setembro, 489 – Centro, com base no art. 12, parágrafo 2º do Estatuto Social, em primeira chamada às 17 horas. Poderão participar todas as entidades filiadas, com direito a voz e voto, estando em dia com suas obrigações estatutárias, para tratar da seguinte pauta:

Dia 04/05
17:00 - Credenciamento
18:30 - Plenária de abertura
19:30 – Palestra com Alexandre Haubrich
            20:30 – Lançamento do Projeto de Iniciativa Popular que visa criar um substitutivo para a Lei 9.612/1998
21:30 – Encerramento
Dia 05/05
            8:30  -  Abertura oficial
            9:00  -  Abertura da assembleia geral e aprovação de regimento
            9:30 – Análise de conjuntura
10:30 - Oficina Que tipo de comunicação comunitária queremos fazer em nossas rádios?
            11:15 – Prestação de contas [política e financeira] das atividades da Abraço - RS
            12:15 -  Almoço
            13:00 – Eleição da coordenação da Abraço/RS (2018-2021)        
15:00-  Encerramento.
                                                              


Santa Cruz do Sul, 01 de abril de 2018.
Joaquim Antonio de Souza Goulart
Coordenador
                                                                                          Executivo
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terça-feira, 13 de março de 2018

Criatividade a serviço do Empreendedorismo



A inovação no mundo dos negócios, vem sendo discutido diariamente pelos empreendedores que buscam novas soluções para se manter a ativa no mercado de industrias e evitar a falência. As startups, que são grupos de pessoas à procura de um modelo de negócio repetível e escalável, que trabalham em condições de extrema incerteza, pequenas empresas, são exemplos de inovações que vem surgindo no mercado de trabalho.

No entanto, manter essas mudanças em ascensão é muito difícil, pelo fato de que os jovens que vão ingressando nesta nova etapa, preferem trabalhar para empresas, do que criar sua própria, devido ao esforço e a mão de obra que exige criar uma empresa. Porém, as startups vem trazendo grandes desafios e oportunidades, que visam a validação das novas ideias que vem surgindo, formação de equipes, o crescimento pessoal, a qualificação dos jovens e uma nova economia, para que as oportunidades sejam cada vez mais visíveis na sociedade.

Segundo o gestor de projetos do Sebrae, Gustavo Moreira, as pequenas empresas vem se especializando em solucionar os problemas das grandes empresas, para que consigam se manter no mercado de trabalho e que o crescimento possa vir a bater na sua porta. E é o que as estimativas para o futuro, de pequenas empresas, relatam para 2018, um crescimento de 2,7% no PIB (Produto Interno Bruto), um dos índices mais importantes para a situação real de um país.

Elisiane Jagiela Dinis
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